YUC'e - Future Cαndy (Kaivaan Remix). Bolha de sabão

Published 2020-06-13
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A BOLHA DE SABÃO

As crianças brincam com bolhas e lhes dão vida. A bolha é redonda igual a terra. Mas, qual é sentido de ponderar sobre as bolhas, já que aparentam não terem utilidades lógicas? Sim, elas parecem inúteis. Tão inúteis que não dispensamos fragmentos de nossa imaginação sobre elas, contudo, as inutilidades são base para as utilidades.
Dado que, visualizo minha infância na bolha,e também o contentamento infantil. Para mim as bolha são puras em todos os aspectos, tanto no lógico quanto no imaginário. Digo, quando crio uma bolha já coloco minha energia na construção.
Para uma criança, a bolha é magia sem explicação. Em verdade, sequer procuram sua essência. Ora, talvez alguém saiba o motivo da bolha ser redonda, mas não é essa a questão. O importante é você entender que bolha é muito maior que uma indagação.
Ela é pura mansidão. Falo isso pois quando pequeno, criei bolhas em vermelho, bolhas quadradas e bolhas solitárias, que caminharam por cinco segundos no céu avermelhado. Não ponderei o seu formato, mas pensei na sua importância no mundo imaginário.
Quando criança, eu era solitário. Mas a bolha de sabão estava ao meu lado. Achava a vida complicada, porém, a bolha mostrava que tudo era fácil. Criei a bolha e a bolha criou meu mundo imaginário. Digo, criei bolhas que carregam pensamentos inexplicáveis. A bolha é redonda e carrega a imaginação de quem a criou. O planeta terra é redondo e nele estão contidas as opiniões sobre a bolha.
A bolha leva consigo o amor, pois cada bolha tem uma poesia escondida nos prismas de cores psicodélicas do sabão. Contudo, tal poesia nunca será encontrada e vista, pois ela morre com a bolha. A bolha é útil! E, mesmo que fosse inútil, procuraremos seu sentido. Mas prefiro não saber seu sentido no âmbito científico. Quero que minha poesia continue contida dentro dela. Cuja poesia desconheço, pois, nossa linguagem não consegue descrevê-la.
Pobre bolha, vive pouco. Entretanto, nesses segundos de vida ela consegue ser aquilo que todos querem ser. Simplesmente ela contempla o mundo sem preocupação e ponderações. Em cinco segundos ela é eu, você e a terra, digo ela é tudo e livre. Tudo aquilo que esquecemos, dado que só somos bolhas uma única vez, quando nascemos.
Por tudo isso, tenho inveja da bolha. Logo que, me esqueci de ser bolha. Queria só sentir o céu vermelho do fim de semana, mas meu leão interno só pensa no trono celeste. Meu leão matou a bolha de sabão. Dito isso vou contar um conto.
A menina se despedia da bolha rosa. Ambas se olharam de forma amigável, dado que só elas compreendiam aquele momento. O vento participa da dança oculta, dança criada bela menina e a bolha. Contudo, o objetivo do vento era levar a bolha o mais alto possível. Ora, era necessário esconder a poesia da criança.
Perante isso, a bolha rosa chegou no seu máximo. Ela desaparece no céu azulado, mas agora ela é o próprio céu. E a poesia da menina está espalhada na terra de modo implícito. Mas verdadeiro. Uma poesia que nunca foi lida, digo, se fosse acessível a poesia já não seria mais poesia. A menina fica triste, visto que percebe que a bolha vive pouco. Entretanto, a criança acredita na bolha, e, sem motivo lógico ela cria uma nova bolha.

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